7 de mai. de 2010

Julgamento

Ilustração de Dave McKean
Hoje foi um dia estranhamente estranho no sentido máximo do estranhamento.Em um mesmo dia eu:

- cortei últimos laços com uma fase que já havia durado demais em minha vida,

- compreendi que as pessoas se perdem por muitas vezes usarem a mesma
língua, mas suas referências e experiências de vida são tão diferentes
que fazem com que elas não se façam compreender e se distanciem no caminho,

- mesmo tendo passado pelo fato anterior, ao mesmo tempo, algumas pessoas me pediram para ser porta-voz de idéias no facebook, argumentando que eu sou extremamente claro em descrever minhas idéias.

Acho que sábias palavras nunca tem dono, ou deixariam de ser sábias. rs

 
Preservo assim minha autenticidade e assumo meus erros enquanto os outros se escondem atrás de posturas, traumas e costumes para não assumir os próprios erros. Eles tentam conflitar com o que sou, mas passam e se perdem nesse emaranhado vivo de um circo de espelhos de suas almas fragmentadas. O que eles consideram fraqueza é o que alimenta minha alma. Enquanto eles se escondem entre falsos sucessos e conquistas do ego eu vou adiante, aprendendo com erros que nem em sonho eles tentariam.

No fim, nem somos nós que excluímos pessoas e situações, mas elas mesmas que cometem o suicídio. De  forma diferente, aqueles como nós pensam, arriscam e seguem em frente por caminhos nunca antes desbravados.

Nunca julgo o processo alheio, pois ele não me pertence. Aceito o fato que o erro dos outros é o grande acerto de amanhã da humanidade, mesmo que a tropeços doloridos. Julgo o fato da tentativa de sabotagem do processo construtivo alheio, da preconceituação de atitudes que as pessoas não conhecem, do enquadramento do mundo num buraco de fechadura - e garanto, meu mundo não cabe lá - que só existe na porta dos muros criados para proteger as pessoas da realidade consciente. O julgamento alheio não me alcança, pois de que forma me conheceriam quando mal conhecem a eles mesmos?
Como definir de forma experiente o que é uma experiência viva? Não sou um conceito, sou uma vivência assim como você. Só existe uma forma de conhecer a verdade do outro e é vivê-la como o outro vive.
Entre partidas e encontros, nunca me perco de mim mesmo, não preciso de tarot para ver os ecos no futuro e o estranhamento é apenas um reconhecimento daquilo que já foi visto e sentido.

Como diriam em Battlestar Gallatica "All of this has happened before, and it will happen again."

Questões de sincronicidade..